Burnout: Por Que Sua Empresa Deve se Preocupar?
A Síndrome de Burnout é um distúrbio psíquico que está relacionado com esgotamento físico e mental de um trabalhador.
Esses sintomas são gerados, principalmente, por sobrecarga e pressão no ambiente de trabalho.
Devido a isso, o Burnout passou a ser considerado uma doença ocupacional desde janeiro de 2022.
Essa mudança foi essencial para os trabalhadores, que agora possuem direitos previdenciários e trabalhistas assegurados pela lei.
Vamos explicar neste artigo um pouco mais sobre a síndrome, além de dar algumas dicas valiosas de como sua empresa pode diminuir o índice de Burnout.
Desejamos uma boa leitura!
O que é síndrome de burnout?
A síndrome de burnout, também conhecida como síndrome do esgotamento profissional, é um distúrbio psíquico causado pela exaustão e excesso de trabalho desgastante.
Essa exaustão gera tensão emocional, estresse, pressão e diversos outros sintomas que afetam a saúde mental.
A síndrome burnout tem esse nome pois é a junção do termo em inglês “burn out”, que pode ser traduzido como “se queimar por completo”.
Esse termo foi inventado por Herbert Freudenberger, um psicanalista alemão que, inclusive, foi um dos primeiros a perceber os sintomas vindos de exaustão profissional.
O burnout, se não tratado, pode desencadear rapidamente em depressão e ansiedade, por isso merece a atenção de todos, inclusive dos gestores de empresas.
Abaixo, vamos listar 4 razões para sua empresa estar atenta aos riscos de os colaboradores desenvolverem Burnout:
1. Risco de processo jurídico
O colaborador que desenvolver Burnout pode processar a sua empresa e pleitear uma indenização, já que é um transtorno mental relacionado ao trabalho.
Se a empresa for processada e a Justiça decidir ficar ao lado do trabalhador, ela terá que pagar indenização para o afetado, inclusive, ressarcindo os gastos com tratamento.
2. Prejuízos a imagem da empresa
Você não quer ter o nome da sua empresa associado a ideia que é um ambiente tóxico de trabalho, não é mesmo?
Ter colaboradores que desenvolvem Burnout por conta do trabalho desgastante com certeza prejudica a imagem da empresa, a atração de novos talentos e atrapalha os negócios.
3. Afastamento profissional
A síndrome de Burnout é considerada uma doença ocupacional, sendo assim, se a perícia médica alegar a presença dessa síndrome, o colaborador deve ser afastado do trabalho.
Isso ocorre até ele se recuperar. Após passar 15 dias recebendo o salário pelo empregador, ele começa a receber, por direito, o auxílio-doença acidentário.
E após retornar ao trabalho, o colaborador tem estabilidade no emprego durante 1 ano, pois a síndrome é comparada a um acidente de trabalho.
4. Impacto na produtividade
Uma pessoa com Burnout dedica muito do seu tempo para a profissão, trabalhando até mais do que deveria.
Entretanto, quantidade de tempo trabalhado não é sinônimo de qualidade. Sendo assim, se um colaborador tem Burnout, sua produtividade é diretamente afetada.
Os sintomas o impedem de entregar bons serviços, fazendo os resultados diminuírem, e isso impacta em seu negócio.
Porque esse assunto tem chamado a atenção?
A Síndrome de Burnout ganhou bastante espaço e tem chamado cada vez mais atenção, pois desde o dia 1 de janeiro de 2022 passou a ser considerada como doença ocupacional.
Mas o que isso significa? Que as pessoas com Burnout têm direitos trabalhistas e previdenciários assegurados.
Ou seja, elas têm direito a afastamento, licença médica remunerada e a auxílio-doença no caso de afastamento e diversos outros benefícios previstos em lei.
Em alguns casos mais graves, trabalhadores com Burnout podem, inclusive, ter sua aposentadoria por invalidez.
Além disso, o Burnout também tem sido foco de atenção devido aos dados alarmantes relacionados à síndrome.
Segundo a ISMA-BR, International Stress Management Association, o Brasil é o 2º país de todo o mundo com mais trabalhadores afetados pelo Burnout.
É importante ressaltar também que o número de casos de Burnout cresceu consideravelmente no país após a pandemia do Covid-19.
Um dado que aponta isso é referente aos profissionais da saúde, que segundo um estudo da PEBMED, 78% desses profissionais tiveram sinais de Burnout durante a pandemia.
Vale destacar também que as mulheres, segundo essa mesma pesquisa, foram as mais atingidas, representando 70% do total.
Esse número tão alto de mulheres pode ser explicado pelo fato de que elas, além de terem que trabalhar exaustivamente, ainda possuem suas responsabilidades de casa.
Quais são os sintomas da síndrome de burnout?
A Síndrome de Burnout pode se manifestar através de diversos sintomas, sejam eles emocionais, físicos ou comportamentais.
O principal indicativo é o esgotamento físico e emocional, mas também pode haver outros que afetam negativamente a saúde e atrapalham no dia a dia.
Alguns exemplos incluem:
- Irritabilidade;
- Ansiedade;
- Pessimismo;
- Produtividade prejudicada;
- Dificuldades em se concentrar;
- Agressividade;
- Muitas faltas no trabalho;
- Baixa autoestima.
Além desses sinais, também existem os sintomas físicos que podem ser associados com o Burnout, como:
- Dor de cabeça;
- Sudorese;
- Dor muscular;
- Insônia;
- Distúrbios gastrointestinais.
O maior problema do Burnout é que os sintomas listados acima e os outros existentes não se manifestam todos juntos, mas sim aos poucos.
Assim, é mais difícil identificar e diagnosticar a síndrome, o que atrasa o tratamento e agrava, cada vez mais, a saúde e condição do trabalhador.
Como é o tratamento de burnout?
Após o diagnóstico confirmado de Burnout, o tratamento pode ser iniciado, e geralmente é feito através do uso de antidepressivos, além de psicoterapia.
Além disso, para reduzir os sintomas, o médico pode recomendar ao paciente atividades que o relaxem, tratando diretamente o estresse e a irritabilidade.
Algumas dessas atividades são ioga e meditação, além de atividades ao ar livre e de lazer.
Vale destacar também que, ao voltar ao trabalho após a recuperação, o colaborador deve evitar toda aquela carga de trabalho que gerou o Burnout.
Em alguns casos, é necessário até mesmo a troca de emprego, para evitar conflitos. Isso pode ser debatido com um psicólogo, através de psicoterapia.
Como as empresas podem prevenir o crescimento do índice de Burnout?
É possível prevenir o crescimento do índice de Burnout na sua empresa ajudando mais o seu colaborador, como, por exemplo, tornar o ambiente de trabalho mais saudável.
Abaixo, vamos dar mais algumas dicas de como você pode fazer isso:
Confira:
Cuidado com altas demandas e prazos curtos
Se um colaborador tem altas demandas, ele acaba tendo pouco tempo para realizar cada atividade.
Sim, isso faz a produtividade ser maior, no sentido de quantidade, mas a qualidade certamente é afetada.
Essa alta demanda, com prazos curtos para cumprir, pode fazer o colaborador desenvolver Burnout.
Por isso, uma ação que pode ser feita para evitar isso, é definir parâmetros de qualidade e tempo para determinada atividade.
Para isso, reúna sua equipe e, juntos, definam em quanto tempo é possível realizar um serviço de modo que mantenha a qualidade e em um prazo saudável.
Façam isso para todas as atividades e tarefas referente a rotina de cada colaborador, assim, todos saberão quais as metas e os padrões a serem seguidos.
Abra espaço para um diálogo transparente, seguro e acolhedor
Se o seu colaborador tem ou desconfia ter Burnout, ele pode ficar com receio de contar ao RH e sofrerem algum tipo de punição ou julgamento.
Afinal, o Burnout é causado pelo trabalho desgastante e exaustivo, então, um colaborador relatar isso ao chefe, líder ou contratante pode não ser tão fácil assim.
Por isso, é importante que os gestores de áreas conheçam o assunto e tenha uma atitude de diálogo e proatividade, visando criar um ambiente favorável e de acolhimento. Lembre-se de fingir que o problema não existe, pode contribuir para agravá-lo e aumentar os prejuízos para a empresa.
Invista na qualidade de vida no trabalho (e fora dele)
A qualidade de vida no trabalho é o fator mais importante que determina o sucesso de uma organização.
Está provado que funcionários felizes são mais produtivos, mais criativos, vendem mais e podem oferecer um melhor atendimento ao cliente.
Aqui estão algumas maneiras de melhorar a qualidade de vida no trabalho de seus colaboradores:
– Implementar um horário de trabalho flexível;
– Oferecer serviços de aconselhamento ou workshops;
– Incentivar a atividade física promovendo programas de qualidade de vida dentro da empresa;
– Incentivar os colaboradores a falar sobre seus sentimentos. Forneça um espaço seguro no trabalho onde as pessoas possam discutir sua saúde mental abertamente sem medo de julgamento ou ridicularização de outros colegas ou supervisores;
– Adotar políticas que contribuam para um ambiente de trabalho saudável;
– Certifique-se de que tenham um bom equilíbrio entre vida profissional e pessoal;
– Proporcionar-lhes oportunidades de progressão na carreira e desenvolvimento;
– Incentive os colaboradores a se envolverem em atividades recreativas fora do trabalho.
Ofereça convênio médico com psicoterapias
A melhor forma de tratar o Burnout, bem como ajudar na saúde mental de forma geral, é um psicoterapeuta.
Oferecer convênio médico que permita aos colaboradores fazer terapia e cuidar de sua saúde mental é muito importante no processo de redução do índice de Burnout. Não é à toa que o número de vagas que oferecem auxílio psicológico cresceram 1.215% no último ano, segundo a Catho.
Além de oferecer essa ajuda, abra espaço para palestras relacionadas ao tema, para conscientização e incentivar a busca de ajuda.
Isso pode ser feito através de programas com foco em uma melhor qualidade de vida e saúde mental de colaboradores.
Nesses programas, é essencial o planejamento do que será feito, como vai ser realizado e os objetivos, para então colocar em ação e acompanhar e analisar os resultados.
A Maratona Qualidade de Vida, desde 1992, atende a necessidade do mercado na promoção de programas de qualidade de vida personalizados para as organizações.
Se você deseja prevenir seus colaboradores do burnout, nós podemos te ajudar, isso porque um de nossos pilares é o cuidado com a saúde mental dos colaboradores.
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